(A mensageira)
E a mãe ouvia e perguntava:
— E quem disse isso?
E a mensageira respondia:
— Oh, é de um poeta de trazer por casa.
— De quem? — voltava a mãe.
— É de um poeta que trago por casa.
— Qual poeta? — perguntava a mãe.
— De um poeta que se faz trazer pela minha casa. — respondia a mensageira.
— Ah. — soltava por fim a mãe.
Aconteceu que a mãe esteve um mês fora em viagem e a mensageira não teve a quem passar as mensagens. Quando a mãe voltou, a mensageira tinha tantas mensagens para passar que foram precisos dois dias e duas noites para o fazer. A mãe, que chegara cansada da viagem, teve de ouvir todas as mensagens e começou a queixar-se das costas.
A mensageira resolveu fazer-lhe uma massagem e a mãe ficou logo boa.
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